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Histórias de uma Mãe Felina - Quando se diz Adeus

quinta-feira, agosto 11, 2016 Unknown 4 Comments

A foto sem qualidade mas significativa <3

Eu sempre tive gatos, sempre amei gatos, sempre conversei com gatos, sempre dormi com gatos, desde que nasci. Exeto por 2 anos, intervalo entre o luto pela minha velha companheira e a chegada do meu mais novo companheiro.



Sabe aquele amigo que você conhece desde o primeiro ano da sua vida? Pois eu tive uma, e ela se chamava Jade e era da raça siamês. Quando vim pra casa após nascer, ela já se tornou minha melhor amiga, sempre perto cuidando de mim e ela fez um ótimo trabalho por 16 anos seguidos. Quando  um amigo parte a dor do luto nunca acaba, sempre lembramos, sempre sentimos falta e aqui em casa minha mãe havia jurado nunca mais ter gato, nenhum gato iria substitui-la, e não substitui mesmo! Porém eu não sabia viver mais sem gato, eu sentia falta dos miados (o que as vezes irrita como de noite por exemplo), eu sentia falta de gato ronronando perto de mim, de dormir com gato... e chegava a ser depressivo ver fotos e vídeos de gatinhos pois eu queria um mais que tudo, mas é tudo muito diferente, como os humanos, os gatos não são iguais um ao outro, eles tem miados diferentes, personalidades diferentes, forma de carinho diferente e é como se eu estivesse entrando em outro mundo, mas agora, com mais de 18 anos nas costas, e não bebê.
Me arrependo de muitas coisas, me arrependo das noites que expulsava ela da cama pois deitava no meu pé, e ela era louca por pé e eu... sempre ODIEI coisas no meu pé! O que é engraçado, pois hoje, meu gato dorme em cima da minha perna e meu cachorro com as costas nela. Não sei se é carma ou se é irônia do destino mas hoje me arrependo de ter sido chata com ela. Me arrependo dos dias que passei brigando com minha mãe porque ela me obrigava limpar a areia dela, e hoje quem limpa sou eu, todos os dias! Engraçado eu me arrepender disso né? mas depois que perde, da valor até as necessidades biológicas deles. Me arrependo de todos os dias que pareci não dar bola para ela e a deixei de lado, dos nãos ditos e das noites que não levantei ver oque ela queria. A amei muito mas me arrependo por não ter amado mais.
O dia que ela se foi, eu fui a primeira pessoa a ter visto que ela estava indo embora, e a primeira a ter visto que ela já tinha ido. Dizem que os gatos quando vão morrer, tentam ficar longe de seus donos pra não faze-los sofrer, mas oque mais queriamos é que ela estivesse perto. Quando acordei de manhã para me arrumar pra escola, fui ao banheiro e senti cheiro de carniça, sim, carniça. Era ela deitada dentro do box do banheiro, sem forças pra levantar, então a peguei no colo e fui até a sala conversar com ela. Nunca fui de chorar perto dos outros então quis me despedir dela antes da minha mãe acordar, conversei com ela, a beijei, a abraçei, a amei e disse algo no ouvido dela. Fui acordar a minha mãe, contei oque estava havendo, ela tentou por a Jade no chão em pé, ela caiu; tentou dar comida, ela não comeu; tentou dar água, ela tentou; Então ela também soube que era a hora. Talvez deviamos ter levado ela no veterinário, talvez podiamos ter lutado mais, mas ela já tinha mais de 22 anos e sabiamos que era a hora dela, soubemos respeitar. Fui pra escola, ela passou a manhã inteira sendo mimada pela minha mãe, minha mãe sofreu muito naquela manhã... E então minha mãe foi me buscar na escola, a deixou deitadinha no sofá toda sem forças, quando chegamos ela falou pra eu entrar primeiro em casa - não lembro mesmo o motivo - e eu entrei, ia direto pro meu quarto mas parei no corredor onde ela estava deitada já sem vida. Me dói lembrar, me dói pensar nela, em seus olhinhos azuis, vesguinhos; em seu ronronar baixinho; em seu miado alto e diferente; e em todos os nossos momentos.

Tem algo que nunca passa, como a saudade de um amigo.

"Se está na sua hora, eu vou entender. E saiba que eu sempre vou amar você
- E essas foram minhas últimas palavras pra ela.

Eu sei que o blog é para falar sobre livros e séries e não vamos parar com isso, mas também podemos falar de outras coisas que amamos, como nossos filhos de quatro patas. Então eu e Stella pensamos e decidimos que vamos falar sobre isso, e queremos que vocês também façam parte. Se você tem uma história pra compartilhar conosco, uma curiosidade ou alguma coisa relacionada a isso e quer compartilhar aqui no imperio, estou pegando relatos de mamães felinas no e-mail imperiodslnegocios@outlook.com para postar aqui no império. Queremos que vocês também façam parte do império. Também pode me encontrar no intagram: imperiodsl e se querem uma versão para nossos cães também, deixa no comentário pra eu saber.

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4 comentários:

  1. Que texto lindo Isa! Perdas são realmente complicadas. O primeiro bichinho de estimação que tive foi um peixe (talvez um pouco frustrante? Talvez.rs) Ele viveu aqui em casa cerca de um ano. Claro que eu fiquei triste, não demorou muito minha mãe comprou um "igual" e eu simplesmente não consegui gostar dele (sim, eu era dramática desde pequena). Ele acabou vivendo - se não me engano - por volta de uma semana. Será que ele morreu por falta de amor?
    Enfim, depois tive uma cadela e "alguns" gatos. E eles são meus favoritos. (Acho que vou te mandar um e-mail sobre qualquer dia desses.)

    Beijos.

    Ps: Que fortinha mais amor. *--*

    Blog Okay - http://goo.gl/543XMQ

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  2. Sobre cada gato ter seu próprio miado, super verdade. Quando um gato mia aqui em casa ela já sabe qual deles é. kkkk (Ela é melhor nisso do que eu rs)
    :)

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    Respostas
    1. Ana é incrível né, porque a gente zoa mas eles são como pessoas,cada um com sua necessidade. Personalidade e chamado. ❤

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  3. Adorei a história.. Quer dizer... N pelo q houve, mas pelos sentimentos bonitos... Morrer faz parte da vida e ela teve uma vida boa e foi muito amada

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